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O analista de sistemas Rafael Rodrigues, de 27 anos, vê no pai, o jornalista Roberto Rodrigues, de 45, o seu melhor amigo. Roberto tornou-se pai aos 18 anos de idade, casou-se, mas se separou quando Rafael tinha 2 anos. Cientes da responsabilidade, Rodrigues e a ex-esposa decidiram qual seria a melhor forma de educar o filho. “Optamos por ele morar comigo, porque tinha condições e estrutura para dar uma formação e conforto. Pensamos no nosso filho, não em nós. Ele sempre foi prioridade e, com o passar dos anos, vejo que conquistei essa meta”, ressalta o jornalista.
E se ser pai é um desafio, com Rodrigues não poderia ser diferente, principalmente por conta da idade. “Não estava preparado para criar e educar uma criança, afinal eu era quase uma também. Eu tinha que estudar, trabalhar e ser pai. Mas crescemos juntos, enfrentamos desafios e construímos uma relação de parceria e cumplicidade muito grande”, enfatiza.
Ele conta que teve o apoio da mãe na educação de Rafael e que chegou a sofrer preconceitos por ser pai solteiro. “Minha mãe foi peça fundamental nesse processo. É uma grande mulher, sempre me apoiou em todas as minhas escolhas. Ela sabe que tem um filho do bem. No início supriu a necessidade materna e até hoje é assim. Na época, ser jovem e desquitado foi muito complicado. Namorei uma garota após a separação e a família dela me aceitava com ressalvas. Infelizmente, na sociedade em que vivemos, enfrentamos preconceito de todas as formas. A melhor maneira de combatê-los é encará-los de frente. Hoje me considero um vencedor. Vale a dica para os leitores do Portal Arca Universal: não tenham medo de nada, encarem a vida de frente. Nunca se deixem enfraquecer em nenhuma situação”.
Admiração mútua
Roberto, que foi criado sem a presença do pai, conta que sempre quis que o filho tivesse orgulho dele, por isso a relação dos dois foi permeada por muita conversa e carinho, o resultado se vê no relacionamento entre eles. “Eu e meu filho temos uma relação maravilhosa. Criamos isso no dia a dia. Meu filho é honesto, sincero, tem ótimo humor, sabe se relacionar com as pessoas e tem excelentes pontos de vista. É ponderado, analítico e sensato. Hoje, ele está formado, trabalha, tem uma banda e é muito feliz”, descreve o pai orgulhoso.
Na outra ponta da história está Rafael, que não poupa elogios ao pai. “Eu e ele vivemos sempre em harmonia, com a cabeça aberta. Meu pai sempre me aconselhou e me deu as direções certas, desde pequeno. Temos várias coisas em comum, seja no cinema, ou em casa, temos ótimos momentos, de alegria e diversão. Fazemos várias coisas juntos, viajamos, somos muito família. Meu pai é o meu melhor amigo”, finaliza.
